Treinamentos Nutrim & Biogrão em Tecnologia de Aplicação de Adjuvantes

Treinamentos Nutrim & Biogrão em Tecnologia de Aplicação de Adjuvantes

Foram realizados treinamentos em tecnologia de aplicação de agroquímicos e adjuvantes para as renomadas empresas Biogrão & Nutrim, na região agrícola de Lucas do Rio Verde, no Estado do Mato Grosso.

O objetivo dos treinamentos teóricos e práticos em tecnologia de aplicação de agroquímicos e adjuvantes é capacitar abrangentemente as equipes de campo, desde os gestores até os colaboradores operacionais. Isso visa orientar, qualificar e monitorar todas as etapas envolvidas nos processos de aplicação de agroquímicos.

O foco principal é alcançar maior eficiência e controle nas aplicações de defensivos agrícolas, visando reduzir os impactos ambientais, garantir a segurança no trabalho, diminuir os custos e aumentar os índices de eficiência em todas as fases dos processos.

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Durante esses eventos, foram abordadas as boas práticas nas aplicações de produtos fitossanitários e adjuvantes, incluindo demonstrações práticas em campo dos adjuvantes multifuncionais Maxtrol e Maxtrol R.

Seleção Prática em Campo de Pontas de Pulverização

Na etapa prática do treinamento realizado na Fazenda Bragança, foram conduzidas aplicações utilizando o pulverizador autopropelido John Deere. Exploraram-se distintos volumes de aplicação e variadas velocidades operacionais. O objetivo central consistiu na avaliação prática das deposições de gotas durante as pulverizações, empregando diferentes marcas e modelos de pontas de pulverização comumente utilizadas pelas equipes de aplicação de herbicidas, inseticidas e fungicidas.

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Durante a prática, enfatizou-se a seleção criteriosa das pontas de pulverização e a determinação precisa dos tamanhos das gotas. Os relatórios técnicos resultantes destacam os impactos dessa escolha, os tamanhos das gotas determinados e análises detalhadas das deposições de gotas por meio de softwares especializados.

Essas avaliações visam à determinação precisa dos tamanhos das gotas, porcentagem de cobertura, amplitude relativa, potencial de risco de deriva, entre outros, durante simulações de aplicação de herbicidas, inseticidas e fungicidas em diferentes volumes de aplicação: alto volume (> 100 L/ha), médio volume (50 a 100 L/ha), baixo volume (20 a 50 L/ha) e ultra baixo volume (< 20 L/ha).

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Esses relatórios desempenham papel fundamental, auxiliando em decisões estratégicas para a correta escolha e seleção das pontas de pulverização nas práticas de aplicação dos produtos fitossanitários.

Avaliação da Qualidade Química das Águas nas Pulverizações

Ressalta-se a importância, nos relatórios técnicos, de monitorar regularmente os níveis dos elementos metálicos nas amostras de água nos pontos de coleta para as pulverizações. Esses elementos metálicos podem prejudicar a eficácia dos agroquímicos, resultando em perdas de eficiência de até 20% a 30% nos produtos utilizados

Entre os elementos presentes na água que podem limitar a eficiência dos ingredientes ativos de herbicidas, inseticidas e fungicidas, podemos citar: Ferro (Fe3+): A presença de íons de ferro na água da pulverização pode levar à formação de complexos com determinados fungicidas, como Fenbuconazol, Triadimefon, Triadimenol e Tebuconazol, o que pode reduzir significativamente a eficácia do controle químico. Alumínio (Al3+): O alumínio presente na água de pulverização pode formar complexos com diversos herbicidas, incluindo o 2,4-D, Dicamba, Fluroxipir, Picloram e Triclopyr, o que pode reduzir significativamente a eficácia desses produtos. Cálcio (Ca2+): A presença de cálcio na água de pulverização pode levar à formação de complexos com ingredientes ativos como o glifosato, o que pode impedir sua absorção pelas plantas e reduzir significativamente a eficácia do tratamento químico. Magnésio (Mg2+): O magnésio presente na água de pulverização pode formar complexos com ingredientes ativos, como o 2,4-D, o que pode reduzir significativamente a eficácia desse herbicida. Sódio (Na+): A presença de sódio na água de pulverização pode reagir com o glifosato e formar complexos insolúveis, que impedem a absorção do herbicida pelas plantas daninhas.

Além desses íons, outros elementos como sais e outros minerais, também podem limitar a eficiência dos ingredientes ativos dos herbicidas, inseticidas e fungicidas, especialmente em águas com alto teor de sais ou pH elevado.

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Os resultados das análises permitirão ajustes precisos nas práticas de pulverização, visando a maximização da eficácia, redução de custos e minimização dos impactos ambientais.

Com base nos relatórios técnicos, será possível promover uma aplicação mais precisa, assertiva e sustentável de herbicidas, inseticidas e fungicidas, contribuindo para o sucesso das práticas agrícolas e a preservação do meio ambiente.

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Agradecimentos especiais aos competentes profissionais Luiz Gustavo Lapi, Adivando Alves, Anderson Roberto Manfroi, Kairo Vinícius de Loiola, Vagner Leite Terra Cheder, Rafael Oliveira e William Villela, pela total atenção e grande colaboração durante os trabalhos realizados com as equipes Biogrão & Nutrim Agro.

Manoel Ibrain Lobo Junior
Engenheiro Agrônomo
Auditor GlobalGAP IFA (Boas Práticas Agrícolas)
www.linkedin.com/in/pulverizador
lobo@pulverizador.com.br

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